A abundância é um sentimento, uma vibração?




Abundância é uma energia, que não está externa, mas dentro de cada um de nós. É um estado em que, da aceitação da vida, criamos o nosso merecimento, e nos tornamos criadores conscientes da nossa vida.


Ela passa por um estado daqueles que aprenderam como é simples caminhar em direção a essa energia, porque é destituída de orgulho, de vaidade, de prepotência. O eu inferior deixa de guiar o nosso caminho, os nossos quereres, e passamos a caminhar por essa simplicidade que é o estado daqueles que compreenderam a experiência na matéria, daqueles que não procuram mais a felicidade somente na vida material, e podem tê-la de verdade em suas vidas.


Quando nos destituímos do caminho mental da dor e do sofrimento, e passamos a ser comandados pela energia Eu Sou, nos tornamos abundantes, material e sentimentalmente. A energia Eu Sou nos conduzirá à felicidade, que será trazida pela luz que irradia dos nossos corações. Encontraremos as pessoas que ressoam com a nossa energia, os bens materiais que necessitamos à nossa vida, e seremos a cura de nossos males.


A verdadeira abundância é um estado dos puros de coração, daqueles que recebem a matéria como algo que dá prazer, e então podem usufruir verdadeiramente de tudo que ela oferece. Mas ao mesmo tempo não mais criam anseios, dúvidas, não projetam sua felicidade na matéria e, assim, podem usufruir da sua existência, deixam-na ir sem apego e com gratidão pela experiência.


A vida se torna simples porque é abundante. É uma energia de confiança plena, de sabedoria de que sempre o necessário será trazido. Já não há dúvidas nesse estado de que o melhor se faz, porque a visão é livre de julgamento, de apontamentos negativos. Há positividade nas experiências porque o todo ganha um propósito único dentro do nosso ser. Esse todo que se manifesta em nossa vida com graça e facilidade, conduzindo-nos a esse caminho da simplicidade e do amor.


A humanidade luta pela abundância porque ainda não a possui. Veem a abundância como a necessidade de evitar a escassez de recursos, e assim deixam de perceber a abundância de recursos materiais e sentimentais que há no mundo para trazer a felicidade.


No fundo, o que todos desejam é a felicidade. Essa felicidade, no entanto, é deturpada, porque é projetada a partir de condições exteriores. O que não se percebe, é que a cada projeção de falta ao exterior, há um reflexo de uma carência interior. Se projetamos a carência sentimental em um relacionamento, é porque estamos incompletos em nós mesmos. Se projetamos o sonho material, é porque estamos inacabados em nosso propósito.


Todos os sonhos que temos em nossa vida, são projeções de algo que falta no presente, no agora. Somente seremos abundantes quando, presentes no agora, estivermos completos em nosso interior. Nesse dia haverá felicidade, quando o passado já não trouxer ressentimento, amargura, e o futuro for o agora. Esse é o caminho do ser abundante: encontrar-se no presente.


A partir desse encontro, a mágica se faz, o ciclo de felicidade se forma, o amor transborda, a matéria se torna o complemento divino desse estado. A matéria deixa de ser negada, e é integrada a completar a verdadeira abundância, que é o sentimento de que todo o necessário se faz presente em nossas vidas. Não apenas os recursos necessários, mas o amor necessário, os relacionamentos necessários, tudo na medida do suficiente ao presente. E isso traz confiança, porque há a convicção plena de que o suficiente do presente se tornará o suficiente do amanhã. O ciclo se fez e não é mais quebrado. Tornamo-nos abundantes e plenos.


Mas isso tudo não se faz em um passe de mágica. Não deve-se criar nova ansiedade na construção desse estado, além de todas as ansiedades que já carregamos conosco. Esse é um ciclo que se constrói a cada dia, observando com humildade o que somos. E aos poucos a vida abundante se forma diante de nossos olhos, porque a criamos a partir do contato puro da nossa essência com a energia criativa do coração.


O ser abundante surge daquele que se desafiou, que se testou na vida, que errou, mas que persistiu. Ao tentar os caminhos da matéria, o ego vai sendo diluído, porque a vida nos mostra que o caminho do eu inferior é o do medo, que nos conduz à dor e ao sofrimento. Mas esse caminho cria a energia que se transformará na sabedoria, o combustível da consciência que se expande ao contato com a verdadeira essência Eu Sou.


E verdade se faz.


Dos caminhos do ego que nos conduzem à dor e ao sofrimento, surge do outro lado, aquele que conhece a vida e aceita a simplicidade em seus dias, torna-se humilde e está livre a caminhar à verdade de que somos filhos da criação.


A única verdade: Somos filhos da criação.


E dessa verdade: Eu me vejo nesse estado, onde a partir das tentativas frustradas da vida retiro as forças a me conhecer e me abrir à verdade do caminho do coração, que é livre, solto, suave, que me traz paz e plenitude. E assim me torno verdadeiramente abundante na vida, sem ressalvas ou temores. A vida então pode ser vivida, com entrega.


Eu já não temo nem mesmo a morte, porque eu me encontrei em consciência e sei que sempre serei e que a abundância infinita me aguarda, aqui na Terra ou no céu. Esse é o estado de amor e sabedoria, de plena abundância interior, de paz. Eu me torno minha cura e a própria devoção em Deus. O amor surge e se mostra como a verdade, a única verdade da existência.


Fora desse estado não existe abundância, mas sim vaidade, orgulho, falta e escassez. A abundância é plena e bela. Ser abundante em tudo que está disponível a nós é um sentimento de se sentir agasalhado em meio ao frio, de se sentir integro e reluzente em meio ao escuro.


Thiago Strapasson – 31/07/2017


Fonte: www.pazetransformacao.com.br


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