As Parábolas de Kryon – O Pai e o Filho



Esta é uma história com a qual muitos homens se irão identificar. Qual é a personagem que você representa…o pai ou o filho? Ainda que possa não ser qualquer um deles, ainda que você nem sequer seja do sexo masculino, esta é uma história importante para o nosso planeta. É uma história sobre o ódio – aquela espécie de ódio que dura toda a vida – e sobre um dos testes supremos para a natureza humana. O ódio é como um elástico enrolado em espiral. O que a maior parte das pessoas desconhece é que, quando se solta, tem o poderoso potencial de se converter em amor!

Permitam-me que vos conte agora a história sobre o pai e o filho. Permitam que o amor sature cada um dos poros do vosso corpo, à medida que a Verdade desta história real se vai revelando a vós. É chegado o momento da cura para aquilo que, quem sabe, já tenham pedido, porque a cura entrará em acção. A ação é o resultado do Conhecimento.

Era uma vez, um pai no planeta Terra. Muito embora "ainda" não fosse pai, esperava, ansiosamente, sêlo, dado que estava para o breve o nascimento do seu primeiro filho. Desejava que fosse um filho varão, pois tinha já muitos planos para ele. Como era carpinteiro, pretendia ensinar este ofício ao filho. Dizia:

– Oh! Tenho tantas coisas para lhe ensinar! Ensinar-lhe-ei todos os truques do negócio, e sei que se interessará por manter o nome da família neste ofício.

E assim, quando ocorreu o nascimento e teve, realmente, um filho varão, sentiu-se cheio de alegria.

– Este é o meu filho! – dizia a todas as pessoas. Este é o que continuará a linhagem da família. É o que terá o meu nome. Este é o novo grande carpinteiro, pois lhe ensinarei tudo o que sei. O meu filho e eu vamos estar sempre muito bem, junto um do outro.

O menino cresceu a gostar do pai, que o adorava e incentivava, dizendo constantemente:

– Filho, vais ver quando eu puder compartilhar estas coisas contigo. Vais adorar! Compartilharás da nossa linhagem, do nosso ofício, da nossa família, e teremos muito orgulho em ti, mesmo depois de eu já ter partido deste mundo.

Aconteceu, porém, algo de insólito, durante o caminho. À medida que a vida decorria, o filho começou a sentir-se sufocado pela atenção do pai e a sentir que tinha o seu próprio percurso a fazer, muito embora não o manifestasse por estas palavras. E começou a revoltar-se com coisas pequenas. Quando completou dez anos, já não estava minimamente interessado naquilo que o pai tinha a dizer sobre a carpintaria ou sobre a linhagem. Com respeito, disse ao seu pai:

– Pai, peço-lhe que me respeite. Tenho os meus próprios gostos e desejos. Estou interessado em coisas que nada têm a ver com carpintaria.

O pai nem queria acreditar no que estava a ouvir, e respondeu:

– Mas, filho… Tu não percebes! Olha… Sou mais sábio do que tu e posso tomar decisões por ti. Permiteme ensinar-te estas coisas. Permite que assuma o papel que me cabe, como teu mestre, e vais ver que passaremos tempos óptimos, os dois.

– Eu não vejo as coisas assim, pai. Não desejo ser carpinteiro, nem tão pouco quero magoá-lo, senhor. Mas tenho o meu próprio caminho a percorrer e desejo fazê-lo.

Esta foi a última vez que a palavra "senhor" foi usada, porque o respeito entre pai e filho se foi deteriorando gradualmente, até que se converteu num vazio negro e escuro.

À medida que ia crescendo, o filho apercebeu-se de que o pai continuava a insistir para que ele se transformasse em algo que ele não queria ser. Como consequência, o filho saiu de casa, sem sequer se despedir do pai, deixando-lhe, somente, a seguinte mensagem em um bilhete : "Por favor, deixe-me em paz."

O pai ficou mortificado. Pensava:

– O meu filho… Passei vinte anos à espera deste momento… do momento em que, supostamente, ele iria ser tudo aquilo com que sempre sonhei… o carpinteiro, o grande mestre desta arte que teria o meu nome. Estou envergonhado. Arruinou-me a vida!

O filho, por seu lado, também pensava:

– Este omem arruinou a minha infância, deu-me vida para ser algo que não escolhi ser. E, neste momento, escolho não sentir afecto por ele.

Gerou-se, assim, um sentimento de tristeza e ódio entre pai e filho, que se manteve ao longo das suas vidas. E, quando o filho teve o seu próprio filho – uma linda menina – pensou:

– Quem sabe… talvez (só talvez), devesse convidar o meu pai para conhecer esta filha da sua linhagem.

Mas, depressa reconsiderou, pensando:

– Não, este é o pai que arruinou a minha infância e que me odeia. Não vou compartilhar nada com ele.

E assim foi. O pai nunca chegou a conhecer a sua neta.

Acontece que, aos oitenta e três anos, o pai morreu. No seu leito de morte, olhou para trás e disse:

– Quem sabe… talvez agora, que é chegada a hora da minha morte, chamarei o meu filho.

E, nesse momento de sabedoria, sentindo a morte próxima, mandou chamar o filho. No entanto, a resposta do filho foi:

– Desprezo-te, porque me arruinaste a vida. Afasta-te de mim.

E acrescentou:

– Alegrar-me-ei com a tua morte!"

Oh! Quanto ódio havia na mente e nos lábios do pai, ao morrer, que pensava como podia ter tido um filho tão desprezível!

O filho levou uma bela vida. E, aos oitenta anos, também ele morreu, rodeado por uma família que o estimava e que lamentava que a sua essência já não continuasse vivendo neste planeta.

E, é aqui, meus queridos, que a história, verdadeiramente, começa. O filho chegou à Gruta da Criação.

Seguiu o seu caminho durante três dias, recuperou a sua essência e o seu Nome e avançou até ao Salão de Honra. Ali passou muito tempo em adoração; ali onde, literalmente, milhões de entidades, num estado que nem sequer se pode imaginar, o aplaudiram e respeitaram por tudo o que tinha passado na sua vida, enquanto estivera neste planeta.

Como vêm, meus queridos, já todos vocês ali estiveram antes. Mas não podemos mostrar-vos, porque isso deitaria a perder a vossa permanência aqui na Terra e era algo que vos traria demasiadas recordações.

Mas vocês estarão, um dia, de novo aqui, para receber a nova cor. Porque estas cores são vistas por todosos seres que estão no Universo, quando se encontram convosco. As vossas cores são como uma identificação, a qual indica que foram um Guerreiro da Luz, no planeta Terra. Eu sei que, no momento em que conto esta história, é difícil entenderem esta ideia, mas, mesmo assim é verdadeira. Vocês nem imaginam a importância das cores identificadoras da Terra. Um dia recordarão as minhas palavras, quando se encontrarem comigo na audiência do Salão de Honra.

E assim, ali estava o filho para receber os seus prémios e as novas cores da sua energia, para que girassem com as outras que já possuía, e para mostrar, a todos os que o rodeavam, quem ele era. Quando esta cerimónia acabou, o filho, revestido com o manto da verdadeira identidade que era, enquanto entidade universal, entrou numa zona na qual viu, de imediato, o seu melhor amigo, Daniel… aquele a quem, há tempos atrás, tinha deixado para ir acudir e ajudar ao planeta Terra.

Viu Daniel através do vazio e exclamou:

– Eras tu!?… E desprezei-te tanto…

Aproximaram-se (por assim dizer) e abraçaram-se, partilhando as suas energias. Com grande alegria falaram dos velhos tempos universais que tinham desfrutado juntos, antes de o filho ter ido para a Terra.

Um dia, passeando pelo Universo com o seu amigo Daniel, disse-lhe:

– Sabes Daniel… Na Terra, foste um pai maravilhoso.

-Meu querido amigo… e tu um filho extraordinário – respondeu Daniel. É incrível o que passámos como humanos, não é?… Como é que a dualidade pode ser tão completa que nos separou – a nós grandes amigos

– enquanto estivemos na Terra?".

– Mas como é que pode acontecer algo assim? – perguntou o que tinha sido filho.

– Oh! O véu era to forte que nem sabíamos quem, realmente, éramos – respondeu o que fora pai.

– Mas o plano funcionou tão bem, não é verdade?

– Sim, de facto funcionou muito bem. Não tivemos a mínima ideia de quem realmente éramos – respondeu Daniel.

E, desta forma, deixamos estas duas entidades, que se dirigem à Sessão de Planificação da próxima expressão na Terra. Mas ainda podemos ouvir um deles a dizer:

– Vamos para a Terra novamente! Só que, desta vez, eu serei a mãe e tu a filha!

Comentário final do escritor

Esta história preciosa é contada, especialmente, para alguns de vós, que estão a lê-la neste momento e que ainda têm que reconhecer o dom do que está a acontecer na vossa vida… ou que ainda têm que reconhecer o vosso melhor amigo. Reparem no amor que estas duas entidades necessitaram para concordarem passar por este drama! A história, dá um exemplo de desprezo e ódio, mas isso não passa de atribus cármicos. São medos que era necessário ultrapassar. E agora, digo-vos: se, durante a vida na Terra, ou o pai ou o filho se tivesse apercebido de quem, na realidade, era, teria enfrentado o medo do ódio e do desprezo e teria saído desta vivência com amor. O outro não teria podido resistir a este apelo, e tudo teria sido diferente, para ambos.

Esta é a lição humana da Nova Era.

Independentemente do que acreditam que se encontra diante de vós, daquilo que parece ser por causa da forma como se apresenta, lembrem-se que pode ser somente uma prova, tão fina como uma folha de papel, pronta para ser dissolvida, para se converter em amor e num compromisso pacífico.

Têm algum aborrecimento por resolver com outra pessoa? É uma jogada do carma e uma lição para vós, pois sabem a quantidade de energia que é necessária para manter esse sentimento, assim como sabem a maneira como ele se perpetua a si mesmo, aparentemente, sem vós. Não acham que já é tempo de o deixar partir?

O amor, meus queridos, é o maior poder do universo.

Esta energia de amor não é só a que vos oferece Paz e Poder. Esta energia é, também, a responsável pelo vosso silêncio frente à acusação; pela sabedoria e discernimento, pelo facto de saberem que ajudaram a planear tudo os que vos rodeia. Curiosamente, este Amor também é responsável pelas coisas menos iluminadas que possam imaginar, pois a fonte da sua configuração cármica, é, igualmente, o amor. Às vezes pode assumir um aspecto estranho, tal como ódio ou desprezo face a um membro da família, mas o amor é o rei do plano, e espera que vocês o descubram, ao solucionarem o vosso medo.

O

amor tem substância e densidade.

O

amor tem lógica e razão.

O

amor é a essência do Universo e isto foi-vos transmitido com as palavras desta história.

E assim é.

Kryon, através de Lee Carrol
Esta mensagem é parte de uma canalização, que foi traduzida e editada para esta seleção .
Espero que ela sirva a você de alguma forma.
O Kali Maluhia no me oe.


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