A Glândula Timo


No meio do peito, bem atrás do osso onde a gente toca quando diz “eu”, fica uma pequena glândula chamada timo.

A origem da palavra timo remonta à antiga Grécia, e, possivelmente, à civilização indo-europeia. Na Grécia, a palavra thymos foi utilizada por Platão e seu mestre Sócrates, assim como por Homero. Há indicações de que, para os gregos, thymos significava a alma ativa, a alma perecível – diferente da psyché ou alma passiva e imortal. Essa alma ativa seria equivalente à razão, à consciência (“awareness”) e estaria associada à respiração (sopro, alma, palavra), ao coração (desejos e intenções) e ao fígado (emoções).

Em um determinado momento na Ilíada , Aquiles diz: “Levantando-se como fumaça no peito dos homens Agamemnon irritou-me, mas deixemos os grandes serem grandes e aquietemos o thymos no nosso peito”. Assim, thymos é metafóricamente interpretado como “levantar fumaça no peito”. Expressa o princípio da vitalidade e, portanto, no seu lado físico, a respiração. Como atestado por Homero, thymos é o ânimo ou o coração, a sede das paixões e da ira, mas também da coragem e do entusiasmo. Neste sentido, uma pessoa que tem thymos pode ser chamada de entusiasta, dotada da força passional de reagir prontamente. Em consequência, thymus não tem a ver unicamente com a tendência à ira ou à indignação, mas com uma disposição anímica para acender e reagir energicamente, com dignidade, coragem, autoestima e ardor espiritual. Como indicado por John Onians, thymos referia-se originalmente ao sopro, à respiração. Era a matéria da consciência, o espírito, a alma-sopro, da qual dependia a energia e coragem do homem. Mesmo na sua mais remota origem, thymos denota “levantar-se em chamas” como nuvem ou espírito, o que nos remete ao conceito de alma e energia vital.

Na anatomia humana, o Timo é um órgão linfático que está localizado na porção antero-superior da cavidade torácica. Limita-se superiormente pela traqueia, a veia jugular interna e a artéria carótida comum, lateralmente pelos pulmões e inferior e posteriormente pelo coração. É vital contra a autoimunidade. Ao longo da vida, o Timo involui (diminui de tamanho) e é substituído por tecido adiposo nos idosos, o que acarreta na diminuição da produção de linfócitos T.

Ele cresce quando estamos contentes, encolhe pela metade quando estressamos e mais ainda quando adoecemos. Essa característica iludiu durante muito tempo a medicina, que só o conhecia através de autópsias e sempre o encontrava encolhido. Supunha-se que atrofiava e parava de trabalhar na adolescência, tanto que durante décadas os médicos americanos bombardeavam Timos adultos perfeitamente saudáveis com mega doses de raios X achando que seu “tamanho anormal” poderiam causar problemas.

Mais tarde a ciência demonstrou que, mesmo encolhendo após a infância, continua totalmente ativo; é um dos pilares do sistema imunológico, junto com as glândulas adrenais e a espinha dorsal, e está diretamente ligado aos sentidos, à consciência e à linguagem. Como uma central telefônica por onde passam todas as ligações, faz conexões para fora e para dentro. Se somos invadidos por micróbios ou toxinas, reage produzindo células de defesa na mesma hora.

Mas também é muito sensível a imagens, cores, luzes, cheiros, sabores, gestos, toques, sons, palavras, pensamentos. Amor e ódio o afetam profundamente. Ideias negativas têm mais poder sobre ele do que vírus ou bactérias. Já que não existem em forma concreta, o timo fica tentando reagir e enfraquece, abrindo brechas para sintomas de baixa imunidade, como herpes.

Em compensação, ideias positivas conseguem dele uma ativação geral em todos os poderes, lembrando a fé que remove montanhas. 

Energeticamente, sua principal tarefa é a de servir de mediadora entre a energia provinda das emoções e o dos fios energéticos conectados ao chacra cardíaco, distribuindo sua alta vibração pelos nádis, a partir do coração etérico, num movimento vertical (para cima e para baixo). Portanto, é responsável direta pela resposta emocional ao organismo, e pela sensibilização da mente através das energias que retém, provenientes do meio externo no qual o indivíduo convive. Estimulada em seu funcionamento, torna o indivíduo mais emotivo e menos racional, mais sensível às emoções e sentimentos alheios, e menos egocentrado em suas próprias necessidades.

Para estimulá-lo, aplica-se a energia verde esmeralda em profusão, o que romperá a camada protetiva que a bloqueia em certos casos, por exemplo, quando a pessoa é fria e calculista. Em pessoas mais amorosas, estimula o compartilhamento destes sentimentos, fortalece a circulação sanguínea e o coração, e, consequentemente, fortalecendo emocionalmente o indivíduo. Até certo limite, permite também a absorção de conhecimentos provenientes de entidades amorosas e puras, que, levadas ao conhecimento da pineal, são reabsorvidas em sabedoria e intuição eletiva ao mais alto grau de iluminação.

a) Fique de pé, os joelhos levemente dobrados. A distância entre os pés deve ser a mesma dos ombros. Ponha o peso do corpo sobre os dedos e não sobre o calcanhar, e mantenha toda a musculatura bem relaxada.

b) Feche qualquer uma das mãos e comece a dar pancadinhas contínuas com os nós dos dedos no centro do peito, marcando o ritmo: uma pancadinha forte e duas fracas.

Continue por três a cinco minutos, respirando calmamente, enquanto observa a vibração produzida em toda a região torácica. O exercício estará atraindo sangue e energia para o timo, fazendo-o crescer em vitalidade e beneficiando também pulmões, brônquios, coração, rins, baço e garganta. Ou seja, enchendo o peito de algo que já era seu e só estava esperando um olhar de reconhecimento para se transformar em coragem, calma, nutrição emocional, abraço.

Ótimo, íntimo, cheio de estímulo.

Bendito Timo!

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