A Cidade Perdida da Amazônia; Ratanabá



De tempos em tempos a ideia de um lugar fantástico e perdido  se renova em novas histórias... Nos últimos dias, a suposta revelação de uma civilização antiga de tecnologia avançada virou um dos assuntos mais comentados nas redes sociais.


De acordo com as postagens  cidade seria "maior que a Grande São Paulo", eria sido a primeira "a capital do mundo" e "esconde muita riqueza, como esculturas de ouro e tecnologias avançadas de nossos ancestrais".

Todos nós conhecemos, ou pelo menos já ouvimos falar  sobre a cidade perdidas de Atlântida, produções de cinema e Streaming exploram e dão vida a esses mistérios nas telas. 

Agora, quem ganha os holofotes é Ratanabá, a cidade perdida da Amazônia que já circulou as redes antes mas veio à tona  em proporções muito maiores após o Instituto Dakila Pesquisas divulgar a respeito.


Forte Príncipe da beira 


Dentre os achados, estão artefatos de metal e cerâmica que teriam sido encontrados em galerias subterrâneas do Real Forte Príncipe da Beira, um forte localizado no município de Costa Marques, no estado de Rondônia. 


Segundo a teoria a cidade de Ratanabá seria um Império, fundado pela civilização Muril, supostamente a primeira civilização da Terra e teria uma rota de túneis subterrâneos que se estenderiam por toda a América do Sul e se ligariam à ela.

Pedra do ingá -Pb





O arqueólogo Eduardo Goés Neves, Em entrevista à BBB Brasil diz que essa história não faz o menor sentido a começar pelas contas que não batem.

Embora a Amazônia tenha sido habitada antigamente e essas marcas estejam lá para serem encontradas, é ilusório dizer que são de uma civilização que existiu há 600 milhões de anos.



Em alguns textos que circulam na internet, está escrito que a civilização teria existido  há 350, 450 ou até 600 milhões de anos. O grande problema é que a saga dos dinossauros na Terra foi encerrada há 65 milhões de anos, Nossos ancestrais mais antigos viveram há mais ou menos 6 milhões de anos. 



Uma imagem aérea que circula bastante mostram linhas retas e quadrados perfeitos, visíveis entre as copas das árvores. Sobre isso o arqueólogo disse:

É improvável que aquilo seja de autoria humana. Mas, caso realmente tenha sido feito pelos povos locais, essas construções não devem ter mais do que 2,5 mil anos.


A civilização pré-hispânica encontrada na Amazônia


Um estudo publicado pela revista científica Nature no dia 25 de maio de 2022 descreve mapas na região de Llanos de Mojos, na Bolívia, que revelam complexas estruturas tridimensionais como pirâmides e outros monumentos construídos sem o uso de pedras.

O estudo  liderado pelo arqueólogo alemão Heiko Prümers identificou construções feitas pelo povo Casarabe, que habitou a Bolívia entre os anos 500 d.C a 1400 d.C na região de Llanos de Mojos, no sudoeste amazônico. 


A descoberta pode motivar um estudo mais preciso com a mesma tecnologia na área brasileira, mas elucida que não estaríamos falando de uma cidade  futurista de 600 milhões de anos de anos atrás.


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